Ao longo da nossa história o diálogo sincero entre duas pessoas, focado no testemunho da vida interior, teve sempre um caracter terapêutico importante. Seja entre casais, familiares, amigos, confessor e confessado, mestre e discípulo, shaman e membros da comunidade, este tipo de diálogo sempre existiu como algo vital às nossas vidas. Hoje, após o advento da perspectiva psicológica, aprofundamos ainda mais as suas possibilidades e e!cácia terapêutica naquilo que chamamos psicanálise.

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A isto nos propomos: um diálogo íntimo que permita o testemunho e análise da tua vida, com intuito de te capacitar com maior lucidez, sentido, e vitalidade. Neste caso, tendo em conta a minha matriz Junguiana, trazemos para o centro desse diálogo os sonhos, que se tornam a matéria prima principal da análise. Tomamo-los como uma espécie de noticiário da alma, que todos os dias nos diz algo sobre o nosso estado psíquico e nos vai mapeando a psique.

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A nossa vida onírica para além de ajudar a equilibrar os dinamismos psíquicos, de forma a manter a personalidade coesa e operacional, parece dar-nos material simbólico para avaliarmos onde e como estamos, e ainda para onde podemos ir ou no que nos podemos tornar. No fundo estas imagens aparentemente bizarras suportam e revelam a nossa personalidade e vida consciente e inconsciente. Assim que o trabalho de despertar este fluxo visionário e analisar os seus conteúdos ocupa a maior parte do diálogo que circunscrevemos numa consulta.

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Para além da análise dos sonhos, recorremos também ao mundo da sincronicidade, através de ferramentas ancestrais como o Tarot e o I Ching, para recolhermos mais material simbólico para análise e para aprofundarmos do que já dispomos. Não com um propósito divinatório mas sim contemplativo, já que, a par dos sonhos, estas ferramentas (ou artes) de forma irracional e acausal aparentam fornecer conteúdos simbólicos que nos reflectem e elucidam.

Eu não tenho formação clínica, sou autodidata. A minha formação é em artes e !loso!a, com foco em mitologia e estudos comparativos da religião. A minha exploração pela natureza da vida e busca existencial de sentido culminou na descoberta da psicologia de Jung. Desde então que vou integrando a minha formação e conhecimento de conteúdos simbólicos na aprendizagem de psicologia, tendo por !m inaugurado este trabalho de análise.